sexta-feira, 18 de junho de 2010

Saramago, capítulo final.

Morreu hoje, em Lanzarote, Espanha, aos 87 anos, um ser humano raro e um escritor extraordinário: José Saramago. Entre os meus livros preferidos, dois são de sua autoria - Ensaio sobre a Cegueira e Todos os Nomes. Tinha um jeito peculiar de escrever e contar histórias, que o tornou singular. Possuía uma temática engenhosa e inesgotável. Escrevia de um só fôlego, omitia parágrafos, pontuação, redigia romances inteiros sem colocar um nome sequer num personagem. Desafiava o catolicismo, com jeito maroto, mas não, no meu entender, desrespeitoso. Foi o único escritor em língua portuguesa a receber o Prêmio Nobel de Literatura, em 1998, com o livro Memorial do Convento, o que para nós, brasileiros, também é motivo de orgulho. Gostaria que Saramago vivesse mais 100 anos para poder continuar nos brindando com sua escrita genial. Porém, a herança que deixou, com sua profícua obra, já é um grande presente. A melhor homenagem que podemos lhe prestar é ler (e reler) seus grandes livros.

2 comentários:

  1. Obrigada desde Portugal (para quem fala mal das relações entre nossos países)

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    E, lendo o teu perfil, temos quase os mesmos gostos :-)

    MFS
    (ex letras de babel)

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  2. Olá, MFS, obrigada. De minha parte, ótimas ligações com Portugal. Vi teu blog, muito bons textos. Felicidades!

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